Cantores gospel não poderão cobrar cachês para se apresentarem em eventos de igrejas filiadas à Convenção Batista Nacional (CBN), que decidiu proibir estes pagamentos.
A iniciativa gerou polêmica nas redes sociais, com manifestações de apoio e reprovação e muita discussão.
Muitos cristãos manifestaram apoio à orientação da CBN – grupo dissidente da primeira entidade representativa das igrejas Batistas, a Convenção Batista Brasileira (CBB) – pontuando que a medida é uma forma de combater o comércio da fé.
Entretanto, muitos outros fiéis consideraram a determinação excessivamente radical, afirmando que cantores e palestrantes vivem dos cachês e ofertas cobradas para viver e continuar produzindo material, sejam álbuns de música ou livros e vídeos.
O pastor Edmilson Vila Nova, presidente da CBN, emitiu um comunicado esclarecendo que a iniciativa é fruto de uma discussão interna motivada pelo desejo de “preservar nossa Convenção do vergonhoso comércio que se instalou no mundo evangélico nos últimos anos”.
“A norma não é extensiva às igrejas, tendo em vista que a CBN não legisla sobre as mesmas. No entanto, serve como parâmetro para que as Igrejas Batistas Nacionais também a adotem”, explicou.
Nesse comunicado, ficou expresso que a orientação não proíbe o custeio de despesas de viagem, hospedagem, alimentação e locação de equipamentos. O texto também destaca que ofertas financeiras, feitas “com amor e generosidade” fazem parte do contexto e devem ser mantidas.
As normas, segundo o pastor, visam “impedir que a CBN e suas instituições sejam coniventes com esse comércio espúrio da fé que é incompatível com os valores do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Confira a íntegra da nota neste link.